segunda-feira, 26 de abril de 2010

Arqueologia Inventada

26/04/10
Hoje foi um dia muito importante na minha vida.
Há aproximadamente três anos atrás, perto do mar, eu tentei esculpir na areia um rosto. A cada sutil traço que tentava desenhar pra dar volume ao rosto, a areia se desfazia e destruía a feição já pronta ao seu redor. Com a certeza de que era incapacidade minha, eu nunca mais tentei esculpir na areia e nenhum outro material.
Hoje visitei minha mãe. Ela me disse que havia um trabalho de faculdade a ser feito e me chamou pra ver o material. Eram pedras, parecidas com a pomo, cortadas em colunas retangulares. No mesmo instante me veio o mesmo rosto na mente. Dei a idéia, ela disse que seria difícil.
Estendido um grande lençol na sala da casa dela, sentamos as duas pra conversar e discutir em frente às duas colunas e várias pás, facas e espátulas em mãos. Não conseguia imaginar mais nada a não ser a feição, e sem esperar que minha mãe consentisse, comecei minha obra.
Pensando no passado, nas expedições do Egito, a cada escavada na pedra, uma evidencia de um rosto se fazia. Primeiro cavei e encontrei um nariz, começando pela ponta e deslizando às laterais adentro. Logo ia se fazendo as maçãs do rosto, o vão que desce após e delimita a altura da boca. O volume do rosto, altura das sobrancelhas, os olhos, a cavidade próxima à glândula lacrimal. Então eu me fazia feliz, por que não era mais ali a areia que desfazia meu pesar pelos detalhes. Ao tempo que acendia a luz da minha alma. Como estava feliz. Poderiam se fazer mil calos nos meus dedos, e se sangrassem, talvez eu não cessasse... Faria talas aos dedos, mas não cessaria antes que eu descobrisse todo aquele rosto que tanto queria enxergar.
Tudo o que era marcado ali era eterno, ao menos que àquele momento. A ponta da espátula eu dirigi até ao limite lateral da cartilagem do nariz e tracei uma sombra intensa. Internamente, afundei até a sombra tomar por completo a cavidade. A escultura então poderia respirar se quisesse.
De pouco em pouco, eu entregava a obra às luzes do ambiente, pra que pudesse me presentear o nascimento de um artefato ser humano. Girando a peça, a luz que me mostrava aonde mais cavar, pelo quê mais buscar.
Após algumas horas, eu disse:
- Prazer; chamo-me Paula. – àquilo que eu descobri, estava pronto.
Descobri no espaço terrestre mais uma pedra em formato de existência, e dentro de mim, descobri uma nova paixão.

Escultura. Quero te explorar, quero te dar vida, amor, atenção, dedicação. Sangue, se preciso. Pulmão, se preciso.
Calos nos dedos, dores de cabeça, costas e joelhos.
Esforços do neocortex;
Noites sem sono;
Inspiração ilimitada;
Visão forçada;
Quero remodelar os limites das minhas mãos, da parte do meu cérebro que comanda minhas mãos.
Quero ser fiel ao formato real do milagre de tudo o que se faz vivo, quero basear tudo de mim na obra prima do esplendor natureza; pedra, argila, mármore... de cera à madeira;
Tudo isso por que em ti descobri a luz da minha alma, o sorriso do tempo em frente aos olhos meus. Sou grata por ele ter me trazido até aqui, neste momento, e ter posto espátulas às minhas mãos vazias e material bruto aos meus joelhos.
Por essa alegria que me trouxeste, quero continuar e transcender. Idolatrar a arte de mim, ainda que não perfeita ao conceito social; é âmago meu!
A perfeição é individual e única, o que faz transbordar de alegria o centro da espiral : a ALMA.

Paula Morais


sexta-feira, 16 de abril de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Permitir que seus olhos recebam presentes, MILAGRES,
Todos os dias...
Nao deixar de alimentar a Alma,
Nao deixar morrer o Espírito.


Chicane
No ordinary Morning.

If there was nothing that I could say
Turned your back and you just walked away
Leaves me numb inside I think of you
Together is all I knew

We moved too fast but I had no signs
I would try to turn the hands of time
I look to you for the reason why
The love we had passed me by

And as the sun would set you would rise
Fall from the sky into paradise
Is there no light in your heart for me
You've closed your eyes you don't longer see

There were no lies between me and you
You said nothing of what you knew
But there was still something in your eyes
Left me helpless and paralysed

You could give a million reasons change the world and change thetime
Could not give me the secrets of your heart and of your mind
In the darkness that surrounds me now there is no piece of mind
Your careless words undo me, leave the thought of us behind
You could give a million reasons change the world and change thetime
Could not give me the secrets of your heart and of your mind
In the darkness that surrounds you now there is no piece ofmind
Your careless words undo me, leave the thought of us behind