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São meus olhos que tantas vezes me dão o caprixo de enxergar a vida colorida. A música me trouxe a paz, o ar me trouxe o pensamento... hoje é dia de ser livre no meu portfólio.
Ontem aprendi que a depressão nada mais é do que a Consciência Infeliz da Modernidade, a Cultura do Excesso, tomada pela absurda exigência social... por que já não completam mais as roupas básicas e a bicicleta chinesa... Quem dera ter a coragem e o coração de um monge.
O céu é a porta da liberdade, e as todas infinitas viagens pela essência são para aqueles que não tem tempo para vícios carnais, mentais, vazios, agonias...
Triste é viver sozinha, implorando a mágica que sentia aos quatorze... triste é querer ser artista apaixonada pela própria vida, e estar acorrentada por um órgão indeterminado a esse mundo pequeno. Depressão não seria, ou Melancolia, o que é poético demais para mim. Apenas sei que, ao fechar os olhos, vejo lençóis coloridos em um enorme ateliê pintado a cor branca, vejo telas e pincéis e papéis rabiscados... eu vejo o Mundo a la arte, mãos de pincel, olhos pintados a tinta a óleo; um tubo da cor do céu...
Hoje vou pintar o Monge a caminhar...
Para sempre prometo ser livre. Hoje instalei um retroprogetor dentro de mim, que viaja pela minha mente, desce ao meu coração, volta ao cérebro para filtrar exageros, para finalmente atravessar a retina, em direção a tela branca e pura... e assim começo.
P. Morais