quarta-feira, 27 de maio de 2009

A vida em limite do Tempo

"Tempo"

Vídeo produzido em uma tarde de medo de que certas coisas não dêem tempo para realiza-las.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Um Limite Para o Amor

Prometi a mim mesma que não faria mais textos poéticos, mas qual palavra seria mais poética do que “Amor”? Faria poesia com a palavra Depressão, e ao Amor, que tipo de mágica poderia fazer?
O que é o amor?
Todas as 6,5 bilhões de pessoas no mundo saberiam me explicar e de forma distinta uma das outras; mas sobre o fato de existirem ou não limite talvez aconteceria um empate entre as respostas.
De fato, o amor, por mais de 6 bilhões de vezes explicado, para mim continuaria sendo impossível de definir, talvez por que ele não tenha ligação com a racionalidade humana, na qual elaboramos respostas concretas para questões como esta. Obviamente, algo que se pode sentir e não é visto e entendido pelo nosso lado racional, não haverá maneira alguma de se explicar. Mas esta é apenas uma teoria que criei talvez por jamais querer explicar o amor, e sim senti-lo.
O preço por tal sentimento (ou estado de espírito) todos sabem que é o sofrimento, o qual acaba por dois motivos:
1 – Casa-se com a pessoa e pode então compartilhar tudo o que você chama de sonho com ela.
2 – É tomado pelo ego/orgulho, acha que o sofrimento não é algo que mereça, e, tamanha a força dessa escolha, o amor é esmagado e escondido (porém não excluído, se realmente for Amor).
Pensando dessa forma, poderia o Amor substituir o lado do nosso cérebro que é adaptado a buscar a nossa felicidade, e estampar ali o nome de outrem? Esqueceríamos do habito natural de buscarmos auto-realização, direcionando assim nossa energia mental e corporal para satisfação dessa outra pessoa?
Para duas perguntas iguais, duas respostas diferentes:
Para algumas pessoas, a sensibilidade facilita a submissão a algum sentimento, já que isso a ele é o máximo que a vida pode valer.
Para outros, a racionalidade é mais forte. A pessoa facilmente se prende as suas lógicas e inibe o sentimento ofendido.
“Então, Paula, isso quer dizer que pessoas que não são sensíveis, jamais serão capazes de esperar por alguém que amam pois não possuem a sensibilidade dos apaixonados, substituindo assim a saudade por outras pessoas, ou bem materiais?”
Enquanto elas forem extremamente racionais, sim. Tocadas por sensibilidade e amor absoluto, elas já não seriam mais racionais, e essa resposta continua sendo Sim. Mas nada é tão simples assim...
Pessoas dotadas de sentimento determinam diferentes perspectivas de vida, a qual a eles não é possível ser vivida na ausência da sensibilidade. Suas almas pedem mais sentimento do que seu corpo de alimento, então, o que é material e carnal não lhes tem tanta valia perante a imensidão do iluminismo, metaforicamente falando. Jogar-se de cabeça, não ter medo de sofrer, e até procurar pelo sofrimento, é o mínimo que se pode fazer e colocar em risco pela majestade Amor.
Essa constante busca pelo alimento da alma, quando se ama alguém, é o que amarra quem ama para esperar quem se quer bem. Logicamente poderiam substituir desta por outra pessoa, mais isso é muito “lógico” pra quem é sensível, e não vale a pena o suficiente.
O fato é que o sentimental sabe que o grande valor do que se tem em mãos está no tempo que esperou para tê-lo. O fato de ter que esperar alguém só torna cada vez mais mágico o momento do Encontrar. Como reza a ditado: “Não existe o caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”. Há quem busque a felicidade enquanto espera, para que, ao fim, contemplar o ápice dela.
Em relação ao ser humano Racional extremo, se lida com pessoas que não vêem diferença entre um livro de Ficção e um de Poesia, “ambos são livros que requerem o mesmo tipo de interpretação”. Não são pessoas erradas, são pessoas sensatas que se baseiam na lógica e que não vêem tanto brilho assim nas estrelas. Então você pensa e pergunta:
- “Ora! Se ela não tem contato sentimental com o mundo, então sua alma jamais sentirá o ápice da felicidade, por que para ela não é útil Saber Esperar por um amor! Seria isto?”
Eu talvez não seja a melhor pessoa para lhe responder o lado racional da coisa, visto que sou uma artista sentimental que morreria de visse o mundo sem fantasia e sonhos. Mas a todos nós, é necessário que exercitemos também nossa capacidade de Pensar e exercitar nossa Lógica.
Pensando na sua pergunta acima, deduzo que pessoas sem sentimento podem ser felizes mas por outros motivos, tendo distintas emoções...
- “Opa! Você está se contradizendo Paula! Emoção não seria uma dádiva aos Emotivos? Dotados de sentimento?”
Na verdade, não. É fácil responder isso a si mesmo, dando uma casa de luxo a uma pessoa humilde. Olhe nos olhos dela, e veja; aquilo é Emoção, e de nada tem a ver com sentimento. Observe a diferença entre os termos: Emocional – Sentimental.
Diria que sentimental é mais poético e calmo como um lago, e Emocional mais aventureiro e agitado como um riacho.
Mesmo que tamanha a minha responsabilidade de dizer, de fato o ser mais Racional não vive intensamente como nossos poetas, artistas, músicos e tantos outros profissionais movidos pelo mundo sentimental. Aliás, diria mais. Diria que a vida para eles parece descartável, e também chego a pensar que acreditam estar usando essa vida para “lucrar” e envelhecer como todos os outros que “tanto raciocinam” e que existe outra vida para que então eles possam viver intensamente. Quantas chances você acredita que vai ter para viver intensamente?
Esta é apenas a minha opinião, e não Ditadura. Nesse meu espaço talvez você não encontre a verdade, mas sempre a Minha Verdade. A questão é: 100% de mim acredita no Amor, mesmo que cheia de dúvidas, ciente de que isso não é algo para se entender, e sim sentir. Os limites para o Amor são relativos, por um simples fato...
Existem pessoas que queremos amar por que são perfeitas para nós, mas acabamos não amando. E existem pessoas que não queremos amar por que são imperfeitas demais pra nós, mas acabamos as amando. Um amor que se desperta em nós sem que queiramos, não será apenas querendo que conseguiremos o apagar, e é essa algema inconsciente que nos fará esperar anos e anos a sua volta, depois de vê-lo (a) partir.
E para aqueles “amores escolhidos a dedo”, quando se vão embora, da mesma forma que foi fácil escolhe-los, será fácil esquecê-los e substituí-los.
Resumidamente, para todos os Sentimentos Verdadeiros, nascidos em nós de forma natural e inevitável, há um despertar de uma coragem e força sobrenatural, aonde o Tempo que passa é fraco a ponto de abalar... Ele simplesmente não tem tanto poder assim.
Querer estar perto daquele que te faz renascer a cada diálogo ou beijo, olhar ou toque, se torna um martírio com o tempo que passa. Ou você espera e cada vez mais soma valorização a esse momento que há de chegar, ou você começa a esquecer o valor que aquilo um dia possuiu, e já não enxerga tanta mágica. Chamamos isso de Desgaste... o que nos levanta outra dúvida: “Amor verdadeiro, se desgasta?”
Entre tantas linhas e contradições, parecemos patinar no mesmo ponto que tentamos partir. Mas como disse ao começo: “talvez o amor não tenha ligação com a racionalidade humana na qual elaboramos respostas para questões como esta”. Isso quer dizer que nosso lado Racional pergunta algo que não entende ao lado Sentimental, em uma língua desconhecida.
É como na época da Torre de Babel. Quando dois povos que não falam a mesma língua tentam construir algo, tudo corre um grande risco de desabar.
Entender se para o amor existe um limite, ou não, basta encontrar limites em você mesmo, descobrindo qual é a sua perspectiva de vida. Por isso disse que tudo é relativo, cada um com sua individualidade e seu manual de funcionamento.
A única certeza que tenho é que, se és uma pessoa demasiadamente racional, jamais viverá tão intensamente quanto vivemos deste lado da vida: a Sensibilidade.




Paula Borges de Morais

domingo, 17 de maio de 2009

"(...)Só pela musica e por meus trabalhos alternativos a banda, não merecia entrar no Hall mais disputado por tantos brasileiros. Afinal de contas não é sua arte que te leva ao sucesso no país do futebol, da bunda e do carnaval, a menos que você faça parte da Gang de Rick Bonadio ou entre para a panela da MTV, quiçá para o BBB assim pode considerar-se artista de verdade."
Tico Santa Cruz - Detonautas

Um mesmo mal, para mais um nesse mundo.

Felicidade?

Entre tantas coisas que se há para dizer, parece que a certeza vem depois que tanto sofremos, tanto choramos. Isto significa que dentre todos os assuntos do mundo, nada é tão significante ou importante quando falar do nosso sentimento... o que somos, tão nobres, a partir de nossos sentimentos. Mesmo que perceber que você está sozinho de verdade te traga a pior dor do mundo, te fazendo acreditar que seria melhor o corte de uma navalha sobre suas pernas, nada mais poderia te fazer mais nobre do que isto lhe faz; invista a quantidade de dinheiro que for, mas garanta que o resultado tocará tão profundamente sua alma quando um sonho quebrado, um amor perdido. Talvez eu realmente espere demais das pessoas.
A cada ano que se passa me vejo mais perdida, cada vez menos vejo a fantasia nos sonhos, estou me assistindo cair no mundo dos humanos, e meu sonho era o oposto. De repente eu começo a gostar das musicas tristes, a tristeza que me alegra por dentro. Não sei a que lugar estou, quais são as cores que vejo... sei que nada é colorido, e eu nunca gostei de cinza, mas acho que gostei de ver a neve cair... todos precisam de um inverno; eu quero sentir frio.
Talvez eu queira sentir frio por que estou me habituando ao sofrimento, que somente ele agora me traz boas notícias, me traz conhecimento. O que eu sei é que as pessoas vêem o mundo de uma forma muito irracional. Ninguém percebe como estamos vegetando, fingindo que essa mesmice se chama viver. O que é viver?
Eu não sei mais nada, e não queria saber, para que fosse mais fácil viver como todos vivem. Mas o problema é que eu choro todos os dias, por nada saber. Quem sou eu e onde estou, onde está todo o amor que necessito, que choro a sua falta? Onde está meu amor? Todas as noites eu pergunto as estrelas se ele as está olhando também. Elas brilham, apaixonadas.
Me pergunto se essa solidão seria uma fase, é quase óbvio. Mas eu quero continuar chorando pelo meu sentimento, quanto deito e espero as lágrimas virem, com a música clássica que parece ser a trilha sonora da minha infância. Tudo era tão mais fácil, mas tão menos significante. Quantas pessoas realmente faziam a diferença? Quantos aniversários de outras pessoas nós poderíamos lembrar de ligar e desejar felicidade? Saberíamos o que é a felicidade? Talvez seja por não saber que éramos felizes.
Hoje aprendemos a usar o dinheiro, e degolar a simplicidade.
Cair de cabeça a um abismo, e a felicidade nós deixamos no ponto de onde nos jogamos. O tempo de vida é o ponto de partida até colidir ao solo. Enquanto cedo, poderíamos nos agarrar nos galhos que estão próximos a beira do precipício. Mas ninguém lembra, nem quer voltar atrás. Só percebem quando estão a um centímetro de colidir ao solo, e não há mais tempo nem para olhar para a felicidade, que te observa La de cima, abandonada.
Estaria abandonando minha felicidade por que estou gostando de sofrer? Estaria sendo feliz, se meu sofrimento está me trazendo o conhecimento da vida? O quê sou eu, afinal? Quem sou? Estarei sendo um “quem” propriamente dito, ou “o quê”? me sinto como uma coisa em momentos de solidão, só não a sou porque se sinto dor em meu coração é por que tenho um.
Tudo isto seria um apelo, se não estivesse demonstrando que quero te ensinar. Pode ser que te assuste com a semelhança de depressão... mas se for, quero que todos no mundo sofram de depressão. O mal do mundo é ter medo de pensar, não saber pensar e nem mesmo querer. Qual é a sua? O que queres?
Se é pensar, prepara-te. Você vai chorar muito. E não existe coisa melhor, sendo o preço tão caro. O dinheiro é a moeda dos irracionais... eu quero saber pagar por tudo que entre no paraíso.


Paula Morais