segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sinônimos da Vida

O sentido.

Para começar com sinceridade, não me importo se me encaixo em regras do bom e velho português. Quem inventou a regra dessa que tu chamas de gramática talvez tenha sido um cara que gostaria de esconder idéias vazias por detrás da chamada para a perfeição no cumprimento de regras. Regras? Estou da porta pra fora desse sistema.
É difícil dizer por quantos pensamentos estou passando, pela velha história de não estar conseguindo ter contato entre a lógica (razão) e o amor (sensibilidade). Algo que não tenho deixado de fazer é dizer as pessoas frases e pensamentos de dentro do meu mundo. Hoje as pessoas se assustam e riem menos, por que minha seriedade é maior. E também, por que pouco me importo e passo por cima de suas risadas que escondem a impotência ao pensamento.
Trabalhando um dia após o outro, tenho lidado com as pessoas e suas atitudes perante a algo novo diante a sua postura. Estou estudando reações imediatas, palavras, gestos, receios e medos. O ser humano é uma carência!
E porquê essa carência?
Você então, que grite bom dia a alguém longe de você, aquele que você nunca viu na sua vida tampouco conhece sua família ou quanto dinheiro possui. Elogiar camisa e cabelo até hoje só matou quem se vestiu de sarcasmo e cuspiu na cara do ditador.
Ainda que apenas reparando o fato de que as pessoas precisam ser lembradas e acariciadas, notei também o quanto a faze vegetativa contamina e prolonga-se.
Traduzido a língua menos bonita e mais convencional, hoje nenhuma pessoa normal quer falar sobre as cores das nuvens ou da saudade da infância. É cafona admitir seus pais como heróis; é cafona usar a roupa da moda 2008, ir na boate da classe pouco privilegiada, comer arroz/feijão. O bacana é bater racha, beber até vomitar e no outro dia bancar de gatão na frente do balcão comercial, pagando a conta com o dinheiro do papai.
Será? Lixo! Joga isso fora. Pra mim; não mais!

Ok. Mas isso apenas foi um momento que precisei passar. Um pouco de anarquia consciente, quieta, antes. Antes, para que consiga então voltar a ser ternura.

A gana de falar sempre mais indica minha estupidez.
Já havia um dia duvidado de que um blog seria uma grande idéia. Hoje, essa dúvida sentou-se aqui do meu lado. Essa conversa não está me convencendo. Seria ignorante ao manter algo pouco notado?
Mas, será necessário ser notada?
Conversando sobre a lei do comércio, caía na real que eu mesma fazia parte disso. Obviamente! Compramos tudo (carro, casa, roupa) para vendermos uma imagem. Compramos para nos vendermos! Agora parece um ultraje. Daqui uma semana, tudo é normal. Somos normais, os que acreditam na lua que são loucos.
Realmente é um disfarce essa vida que levamos, mas quem se importa? E, quantos daqueles que se importam mudam definitivamente de vida?

ILUSÃO!
ILUSAO!
ILUSAO!
Que seja! Oras, o que seria de mim sem ilusão?
É relativo. O objeto que uns chamam de ilusão, é o mesmo que outros chamam de sonho. É apenas algo dependente se acredita ou não. Se eu acredito em possibilidade, eu sonho. Se eu não tenho capacidade pra quer no que me parece impossível, julgo ILUSÃO.

Que sentido tem tudo isso? Por que é tão difícil em dois segundos ser feita uma pergunta do gênero na mente daqueles de mente aposentada ao mal nascer?
Estava eu entre algumas pessoas e senti uma vontade imensa por onde vagavam as almas daquelas pessoas. Observei seus rostos que tanto relutavam esconder o vazio com besteiras simultâneas exaladas pela boca.
- quantas cores vocês vêem nas nuvens?
Depois de aguardar o momento de riso passar, esperei que alguém me desse alguma resposta sensata. Que pergunta hilária, só poderia ter sido.
Cheguei a conclusão de que ninguém observa as nuvens como uma beleza. Apenas, como um objeto que traz a tristeza da chuva e alguns dias os agradam com a sombra.
Então me veio a gloria de saber o quanto aquelas pessoas andam por aí escondendo suas almas, aprisionando suas verdadeiras vontades. Vivendo, estou aprendendo que nenhum ser humano pode ser considerado um caso perdido. Alguém racional, extremista, talvez nunca sinta como um poeta apaixonado, mas ele pode sim sorrir com mais freqüência.
Um ser humano é mesmo um vaso de barro.

O que me faz pensar que nada na vida é em vão. Esforçar meu corpo e alma e dedicar-me a alguém aparentemente sem futuro é acreditar até em si mesmo. Acreditar que você pode salvar, e que ela pode mudar. A vida é assim. Hoje você é a resposta dela, amanhã ela será a sua.
Entretanto, o melhor de tudo é que NADA É FÁCIL.
Graças a um ser maior, o sofrimento se faz nessa existência terrena, graças que nossos cérebros ainda conseguem sentir dor. Ainda Sentem. Vá dizer então que seria melhor sem sofrimento. És um mentiroso! Pobre de espírito e inocente perante a sabedoria.

O cansaço físico comunica-se muitas vezes com o cansaço mental. Quando o físico não torna-se relacionado, ele é completamente ineficiente. Logo, se o cérebro é informado de lições corporais sobre sofrimento (trabalho ou treinos) é completamente produtivo.
Sem confusões, trago um exemplo do Taekwondo.
Existem várias lições de artes marciais por detrás do treino intensificado. Poucos mestres ensinam detalhes e fundamentos para tal, ainda que o corpo necessite de motivos para os quais trabalhar.
Participei por alguns meses de um tipo de arte marcial. Parei, obviamente, por ser uma criança e não ter tido a chance de saber por que andava me desgastando tanto. Os anos se passaram, e a vida me ensinou que necessito sofrer, MAS, apenas quando eu sei o que estou a aprender. Sofrer quando possuo um cérebro para compilar erros e analisar planos para acertos. Pra que sofrer se minha consciência está morta? É só meu corpo que se mutilará, e minha mente continuará em óbito.
Alma todos nós temos. Basta ativar. O botão que anda escondido.
A música me trás remédio para alma. Outros necessitam de pintura, escultura. Alguns necessitam de dinheiro, academia, carro e mulher para esconder que a alma não sabe onde procurar alimento.
Todos querem parecer preenchidos de luz. Todos querem ser heróis.
Qual seria o sentido?

O que são Sinônimos da vida!?
Estaria você sabendo qual dia é amanhã? Você acredita mesmo no amanhã?
O relógio ainda marca; um a menos, um a menos, um a menos...
Deixa, pendura-o na parece e só volta o teu olhar para o tal quando estiver com anseio, quando pensar que está atrasado para passar mais um dia vegetando na superfície ilusória. Isso sim é ilusão; correr atrás de algo que desaparecerá. Você padece e desaparece um dia. Papel de dinheiro, mais rápido ainda. Roupas, carros e casas um dia ficam velhas e cafonas.

E daí? O que sobra? O que deixa pro mundo?
Pra onde vai teu nome e tua alma?
Por onde anda tua alma? Por onde anda VOCÊ???
Somos todos apenas poeira ao vento. Os sinônimos da vida foram enterrados,
esquecidos. Porém, dessa terra que fora enterrado, vou fazer nascer dez vezes
mais sinônimos em cor de pêssego, verde e bordô. Nada de ilusão, tampouco sonho.
Isso eu chamo de Minha Realidade. Que assim seja.