segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Capacidade de Enxergar

Enquanto o mundo lá fora briga por um pedaço de papel, minha capacidade e intuição estão passando por aprimoramentos, e a mente vai deixando de acreditar em conceito comum. A minha vida está tomando forma, tão rapidamente quanto passa o tempo quando estou com meu grande amor.
Algumas pessoas que não amam chegam a acreditar piamente que ele não resolve os problemas, mesmo por ser algo não palpável, e jamais conseguir ajustar normalidades em um plano material. Outras pessoas passam a vida carregando problemas nas costas, procurando o amor justamente para que tenha então seus problemas resolvidos. O fato de Amar não elimina problemas cotidianos ou doenças crônicas, o que modifica é a sua maneira de encarar tudo isso.

O amor é como uma grande bolsa vermelha que trás itens essênciais dentro dela. Um desses itens é o Positivismo. Depois que eu recebi na porta da minha casa essa bolsa, nenhum dos meus problemas com o meu trabalho ou o cansaço físico foram eliminados, mas não há mais o Cansaço Mental. Esse cansaço faz com que o peso dos problemas se multipliquem e a solução para eles seja várias vezes mais difíceis.
Outro item dessa grande bolsa é a Alegria e a Sensibilidade. Nos trás então a capacidade de facilmente sorrir, sentir e contemplar tudo o que nos é apresentado. Além disso, querer que a outra pessoa passe a participar do seu mundo para que então nada mais esteja dividido, tornando-se cúmplices de um único universo.

As pessoas não perdem o valor, mas sim suas opiniões críticas o perdem. Quando está junto de alguém que a tanto se deseja o bem, o mundo e suas promiscuidades ficam por alguns momentos esquecidos. Você é então tomado por uma paz que esteve sempre esperando que você a atingisse, mas nunca teve tempo nem inspiração para tal. A terra e o pó passam a não incomodar mais as roupas brancas, a mancha do sorvete na roupa já não causa mais desconforto. Os olhos enxergam um verde tão vivo quanto você, e a natureza nua e crua passa a ser o conforto da nossa casa. Ainda que o tempo passe e que todas as pessoas de relógios nos pulsos passem ao teu lado, você não sente vontade de pedir as horas pois não lembra que elas existem. Entenderá então que o tempo que passa não corre contra vocês e sim a favor de que se amem a cada segundo mais.

No passar o tempo, também brinca com os bambus o vento. Esse que nos faz sentir vivos nesse limite de tempo.
Mesmo que nem sempre necessária a presença de quem se ama, pois entende-se que a vida nos trás compromissos além se sermos apaixonados, sentirá então, mediante essa distância, a presença de um ser humano de um mesmo espírito.
Quando é moldado e compartilhado um universo entre duas pessoas, é subliminar a presença constante mesmo que o corpo não se faça ao teu lado. O amor é o sentimento mais secreto, visto que quem não sente dará a vida por querer sentir e entender; e quem sente se vê preso às limitações humanas nessa falta de palavras certas para explicá-lo ao resto do mundo. Por isso, jamais será entendido, se não sentido.
O “Sentir” é fruto de uma alma completa, repleta de discernimentos; uma alma que foge da Lógica e da Razão. Se nesse mundo que está coberto por cidades que abrigam milhões de pessoas, você ter a chance de encontrar uma que alma que “sinta” o Todo como você mesmo o faz, que entenda a você dentro de todas essas suas ligações nervosas e sentimentais, alguém capte essa infinita produção se pensamento, este será o dia em que a luz brilhará num tempo talvez cósmico e infinito onde apenas sua alma até ele poderá viajar. Este será o dia que você encontrará a sua Alma Gêmea.

Muitas pessoas não acreditam em almas que se combinem, por que essas não têm a quê combinar, e nem um sentido para que sua vida esteja muito além do que apenas gastar, comprar e ganhar. O mundo habitual dessas estradas, vilas e cidades afora, essas luzes e outdoors, propagandas e emaranhados do consumo, é o primeiro quesito que perde o sentido quando sua alma se toma pelo “Sentir”. Se quem você tem contigo concorda com seu pensamento fielmente, sem forçar mentiras, que então a sua alma combina com a de outrem, o sentimento mútuo então se torna fonte na sustentação a sua alma, e sentidos sobrenaturais iniciam a agir dentro de sua consciência, tomando o espaço de todas aquelas atitudes comuns e mecânicas de antigamente; agora então tudo o que se quer é fazer o bem, e estar.

O “compartilhar sentimentos” e a forma de respeito entre você e quem se ama torna-se então a sua base de sobrevivência. Mesmo que sua alma peça para que seja racional, usa-se então a capacidade de racionalidade sobre o principal assunto Emotivo... Não há como fugir do sentir-se apaixonado, mesmo que se procure nas entrelinhas algum sentimento do passado onde ainda não havia descoberto o Amor; mas é e será sempre em vão.
Compartilhará também a sua forma de ver o mundo que todos vêem, mas nem sempre enxergam. A capacidade de sentir algo vivo, mesmo que para o resto do mundo é estático.

Permitir-se a elevar a alma na presença dessa pessoa, e juntos transcender o parâmetro comum da existência terrena... Pois amar é querer até compartilhar o sentimento que te faz alegre e se entregar em suas palavras a ele em uma sutil explicação, para que ele também se sinta como você, em plenitude.
A natureza lá fora é a principal alada do Amor. Estar em contato com o verde das nossas matas e o colorido dos bosques é como deixar fluir o sentimento de contemplação mútua. As nossas espécies de plantas, frutos e flores tem poder infinito sobre nosso ser, muito mais profundo do que nossa pele, mas muito além de nossos ossos. Poucas pessoas no mundo se sentem como almas e esquecem das dependências físicas sobre o consumo do material. Quando você é uma dessas pessoas e se sente abraçado por uma semelhante, é como ser grande o suficiente para abraçar o mundo e poder enxergar o segredo do que existe por detrás dessa imensidão escura chamada Universo. Segredos do próprio corpo e mente então são revelados, mesmo que não explicados fielmente por uma certa incapacidade. Você aprende então a aceitar que não faz mais parte do mundo dos humanos e tampouco tem palavras que os façam entenderem algo que para eles não existe. Enquanto as pessoas continuam assumindo suas vidas e correndo atrás de sustento ao corpo e ao vício, você consente que o sentimento de vocês dois não cabe ao resto do mundo compreender. Eles continuam lá fora, e você, confortável no calor do peito de um amor, Fecha as cortinas e adormece em paz.
Do amor então se brotam sentimentos de todas as naturezas, aquelas positivas e benéficas. O ciúme é sim presente, mas controlado. Como se dentro dessa mesma bolsa vermelha, você pudesse também encontrar a balança que lhe desse a verdadeira e correta medida a todo e qualquer “sentir”.
Ainda que elevados sobre o sentimento do amor, ainda estamos presos a sermos Humanos, por isso Errar é comum e deve ser aceito por ambos os lados. Aceitar o atraso, a palavra mal dita ou os atos mal treinados. Você será errante e pecador para completamente tudo enquanto respirar a respeitar um pulmão, tiver coração, cérebro e sistema respiratório. Se souberes que erra, saberás então que o seu amor terá o direito de errar.

O amor é um cosmético para a pele, um remédio para o mal estar, daqueles que acabam com a dor pela raiz. O amor é como os óculos do míope, a capa de chuva em uma garoa, o protetor solar para o rosto que não pode com raios UV.
O amor é a cura da tristeza, da solidão mórbida. O preenchimento do vazio, dos dias frios de chuva que um cobertor não é suficiente. O amor é o encosto para as costas, o beijo no pescoço quando solicitado ou aquele inesperado. É o sorriso em resposta, o abraço apertado que dá o ombro vestido de uma camisa de algodão para que limpem suas lágrimas. É o ouvido que ouve suas lamúrias e seus gostos excêntricos sobre cores ou comidas. A pele pronta a receber um beliscão quando está possuído de inconformismo, a boca pronta para dizer “Estarei sempre aqui”.

Dentre uma infinidade de explicações, um dia você perceberá que o amor é, principalmente, a Base da sua Sobrevivência. Sem ele, você vive sem saber que está na verdade morto.

Paula Borges de Morais

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Doce Primavera

O Amor é como a Borboleta e você é o Jardim...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Something Inside

When the one thing you're looking for
Is nowhere to be found
And you back stepping all of your moves
Trying to figure it out
You wanna reach out
You wanna give in
Your head's wrapped around what's around the next bend
You wish you could find something warm
'Cause you're shivering cold

It's the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on
It's the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on

'Cause if you hadn't found me
I would have found you
I would have found you

So long you've been running in circles
'Round what's at stake
But now the times come for your feet to stand still in one place
You wanna reach out
You wanna give in
Your head's wrapped around what's around the next bend
You wish you could find something warm
'Cause you're shivering cold

It's the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on
It's the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on

'Cause if you hadn't found me
I would have found you
I would have found you

It was your first taste of love
Living upon what you had
It's the first thing you see when you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on
'Cause if you hadn't found me
I would have found you
JONATHAN RHYS MEYERS (August Rush)
"Something Inside"

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A Atitude a favor da verdadeira beleza!

As entranhas do mundo animal. Mais uma vez compadeço por ser um pobre ser humano, tão lógico e prático, na ausência de segredos e magnitudes.
Enxergamos os peixes, focas, cavalos ou elefantes como “animais”. O fato de existirem tantos estudos que provem que eles são tão inteligentes quanto nós, não nos interessa; gostamos de brincar de Deus em cima dos fracos. Pobres indefesos; sofrem por não serem dotados do poder da fala, e se obrigam então a curvar-se ao Homem, por que um dia ele aprendeu a mandar e decidir.
A capacidade dos animais é notável. Alguns minutos observando fotos e legendas, me senti pouco e pequena perto da força e determinação da Mosca Aquática Gigante. E sorri; como a natureza é perfeita. Ela vive sob constante perigo a escassez de oxigênio, sobre regatos que passam por várias enchentes e secas ao longo do ano. Expostas a dificuldade, as Moscas Aquáticas têm sofrido mudanças e adaptações úteis para este ambiente perigoso. Ao procriar, a fêmea deposita mais de 100 ovos nas costas do seu parceiro. Se o pai não cuidar bem dos ovos, eles não sobreviverão, enquanto a fêmea sai para alimentar-se. Na época, a água estagnada das secas tem muito pouco oxigênio, sem o qual os embriões morrem. O engraçado é que ele faz de tudo, sendo pai, para manter seus ovos em perfeito estado...
Então me veio em mente quantos monstros humanos abandonam seus bebes recém nascidos em sacos de lixo ou na sarjeta e tantos pais abandonam uma mulher grávida de um filho seu e pelos amigos e cerveja.
Preocupado com as pequenas vidas, a Mosca Macho pousa numa pedra logo abaixo da superfície da água, flexionando-se de hora em hora para que o fluxo constante de água passe sobre os ovos e supram-nos de oxigênio necessário á sua vida.
O pai paga um alto preço pelo cuidado de suas crias. A mosca d’água é carnívora, e depende de sua agilidade e mordida venenosa para conseguir uma presa. Os ovos são uns fardos a serem carregados, e enquanto está os cuidando, pouco se alimenta. Em desova, simplesmente não come nada para evitar acidentes. Também fica difícil pra fugir de predadores, e muitas vezes dá a sua vida pelos filhotinhos.
Me surpreende a inteligência e a entrega dos animais, o fato de não existir limites na luta pelos de sua espécie, enquanto nós matamos uns aos outros por um punhado de terra ou maços de dinheir. Do alto jogamos bombas que matam não só a nossa raça, mas tudo o que de vivo permeia, inclusive a magnitude dos animais.

A luta pela sobrevivência não é limitada aos seres racionais, mesmo que tanto acreditamos sermos os únicos racionais.
A mais de 200 milhões de anos, os caranguejos-ferradura lutam pelo constante triunfo de sua espécie, e pouco sofreram mudanças em sua anatomia. Lutam contra as gaivotas a cada período de procriação, e por todo esse tempo, que aplaudamos então a verdadeira superação. 200 MILHOES de anos.

É sempre possível a nós, seres humanos, deixarmos de acreditar que nossos problemas ainda vão nos matar, e fazer viagens para algumas das praias da costa brasileira para assistir o início da jornada das tartarugas verdes. Elas percorrem 2.000 quilômetros até a ilha de Ascensão. Uma distancia incrível comparada ao tamanho e a aparente fragilidade das pequenas.
É importante aprender como são feitas as conquistas dos animais, por menores e indefesos que sejam. Eles, de longe, nos ultrapassam. É um milagre que seus pequenos raciocínios ou com o que quer que pensem, não tiverem a infelicidade de criar a Política e Economia e basearem-se num ideal, a paz e a sobrevivência.

Dentre mais um milhão de letras, palavras organizadas entre fotos, simultaneamente coloridas e interessantes, sem detalhar, eu posso ver quantas riquezas ao longo desses milhões de anos de planeta terra, o homem foi deixando para trás, e esquecendo por completo.
Os mares continuam a abraçar as mais lindas, interessantes e inteligentes espécies de peixes e corais; as florestas as mais lindas e capazes aves, as matas, o colorido das girafas e a audácia dos tigres brancos. A beleza continua acontecendo lá fora, mas apenas da mesma e exata maneira aonde é intocável pelo homem. Aonde o homem pôde sentir ao alcançar com suas mãos, então já não temos mais a mesma quantidade de Ursos Pandas nem de Araras Azuis.

Ainda temos Seres Humanos em essência que protegem nossas origens e o colorido de nossos animais, como os fuzileiros do México protegem as tartarugas filhotes dos ambiciosos vendedores de óleo, pele e casco, ou aqueles que limpam e salvam as pobres aves prejudicadas após o rompimento de petroleiros.

É por esses seres humanos, que protegem e acreditam nos nossos animais, que ainda acredito na paz e harmonia mundial, mesmo que ao mesmo tempo eu seja tão insignificante ao mundo por não estar fazendo nada perto de Grandes Heróis...

O ser humano mais bonito do Mundo é aquele que faz de tudo para salvá-lo!






quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sensibilidade




O Homem Admira

E a vida física continua nos tirando segundos...
Alguns deles, significativos. Mais uma experiência na minha vida.
Nestes últimos três dias tenho aprendido sobre Limites. Os limites do bicho Homem.
Minha mãe leu ontem um poema do Dr. Varella sobre as Mulheres.
O que é a mulher afinal?

Não deixaria livre a idéia de ser Feminista e viajar em idéias que confirmem um poder inexistente, até por que eu defendo muito mais os homens do que as mulheres. Os homens são admiradores do que lhes é oferecido. E as mulheres, o que têm oferecido?
Trabalhei numa feira de negócios e por três dias, em silencio, estudei uma das duas classes humanas.
Não que o homem seja manipulado pelas exposições múltiplas das mulheres, mas a eles somos Obras de Arte.
A história da arte nos conta a variedade que o nome prediz. A arte barroca, abstrata, realista, contemporânea. A musica, pintura, dança, arquitetura. Toda a arte tem sua beleza, se bem entendida.
Alguns quadros são originais, outros, são cópias. Copias vazias, sem sentimento, pintadas por alguém que pouco entende da essência.
Algumas mulheres vivem de um estereótipo. Talvez devam ser mais fortes do que eu para engolir uma essência, e aceitar ser resumida a vestimenta da vida. Infelizmente, não me é possível largar para trás esse corpo e viver sendo alma pura e produtiva. Existe em mim a falha de querer se sentir bem alimentando meu ego. Mas não vivo de exageros.
Homens esticam o braço até onde os deixamos alcançar. Isso é fato. Mas no fundo ainda acredito que a eles é o sorriso e o jeito que encanta. Não se importando com sentimentos, é claro que um homem vive muito mais de momento. Sejamos claros.

Algumas vezes, gosto de pensar que alguns homens sofrem de algum tipo de doença, e o sintoma é o Sentimento. É como se fosse um tipo de classe especial da raça humana. Assusto-me e surpreendo, mas ainda ouço de alguns homens um pedacinho do desinteresse sobre o Corpo feminino. Isto me deixou alegre, enquanto um, entre 300 homens, ontem, me disse que “Aquilo não é mulher”, em relação a uma perfeita estereotipada “gostosa”.
Sorri. Ainda há uma luz.
E sim, somos erradas, mulheres de tanta beleza enrustida interiormente, ao mostrar nossa pele e nosso corpo ao invés de doces e simples palavras. Ao engolir nossa meiguice por detrás de olhares sedutores. Quem diria o quanto sofre aquela moça? O quanto deve se calar a seu próprio sentimento e vestir a roupa que lhes dão para mais um dia de perca.
Perca de tempo.
A estas, O tempo está contra a beleza. O tempo lhe dá a beleza natural, as linhas de expressão do rosto de tanto chorar e sorrir. Tanto te preocupar, desgastar. A vida é um desgaste e de nada adianta lutar contra o tempo e manter o que sutilmente o tempo leva de ti. Se soubessem, a verdadeira beleza está no tempo, nessa face cansada e sorridente, humilde, e não contra ele.
Usemos esse tempo!
Um sorriso. Reflita...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Verdade sem Maquiagem

Muito lindo aquele que se tornou o prédio mais alto do mundo em Dubai. Lindos shows em cassinos dos cruzeiros marítimos. Belíssimas fotos essas que costumo colocar a vocês nesse diário virtual. Muito sentimento, poesia e drama; enquanto o mundo dos fracos chora lá fora.
Lindos desfiles de Yves Saint Lohan em rede nacional, mesma mídia que entusiasma os inocente com lindas novelas mentirosas e maquiadas sobre países em decadência. Arranca suspiros a beleza dos fogos de artifício em entrada de um novo ano, ano esse que continuaremos agindo na mais cega ignorância.
Hoje então me peguei vendo imagens que não são do cotidiano, algo não quisto pelos seres humanos.
É muito fácil olharmos e obedecermos ao que nosso ego quer que enxerguemos. Olhar o mundo de cores, fantasias, beleza infinita.
E essa beleza que matamos? Um dia foi belo. Um dia foi a paisagem do nosso ego, hoje é passado. Hoje é findado pelas nossas mãos.
Irrita teus olhos? Por que não são as cedas dos desfiles, nem o brilho dos videoclipes do famoso, tampouco a linda paisagem dos castelos da Índia. São meus pequenos golfinhos que chegam até a praia em gesto de amizade, querendo observar nossa raça e compartilhar experiência. Aproxima-se então, o meu pequeno, dessa costa e descobre a pior raça de monstros terrestres, que te abusam e arrancam de você teu puro coração, para vender na quitanda do rico empresário, logo oferecendo um pedaço de você a sua nobre amizade burguesa.
Seremos para sempre então monstros da miséria irracional, assassinos de tamanha indiferença que faz apodrecer dentro de si o próprio coração, enquanto nossos olhos voltados para o convencional bonito, o luxo tanto almejar.

E o mundo chora, Deus chora lágrimas de sangue que envolvem o ato:
“NO QUE SE TORNARAM MEUS FILHOS?”

Selvagens homens, de bruta força ao atacar a vida; nossa raiva vem aniquilando o verdadeiro motivo para a felicidade. Desculpe se hoje não estou sendo particularmente sentimental, e que despejo em sua mesa, em lágrimas, a verdade. Desculpe se provoco em ti sentimento de culpa se não continua simplesmente indiferente. Se essas fotos não te fazem sorrir. Desculpe se estraguei seu dia colorido com o mundo afora que tanto morre no silencio preto e branco.
São tanto quando nossos animais inocentes, as demais crianças morrem com balas entre seus peitos de órgãos pequenos, daquelas armas que apontam para o horizonte sangrento com a gona de matar. Gana, ódio que mata alimenta-se do "Poder";
Aos ricos e poderosos, eis sua recompensa:
...
Paguem então a mídia que também atinge nossas pequenas sementes de vida para que façam o que indica poder. Mostrem então as nossas crianças o que pra nós costuma ser O PODER EM SUAS MÃOS nesse mundo de hoje.
...
E a menina, que tanto sonhou desde que teve consciência para acreditar em Deus e na felicidade. Aos pequenos olhinhos que viu tanta injustiça, participou dessa luta decadente e insaciável pelo poder, sofreu nessas janelas pro mundo a tristeza da desilusão e nesse pequeno coração, assistiu morrer o Sonho da Felicidade.

Triste admitir que morra por dentro muito antes que pare esse pobre coração. Minha pequena menina, como serei capaz de plantar em você a magia de criança de sonhar outra vez?

“Eu não quero ver o documentário SHARKWATER; não quero ver as ruínas entre tiroteios e corpos despedaçados de inocentes em campos de guerra. Não quero mais entrar no blog da Paula por que o colorido já não é mais belo e passei algum mal estar; o meu ego feriu”.
A você então, pensador do oposto, indico:
http://www.dicasdebeleza.com.br/
http://www.playboy.com/
http://www.quatrorodas.com.br/
http://www.chanel.com/
... e alimente-se.

Aos que gostariam de se sentar comigo para um café esta tarde e pelos links não se interessa, bem vindos a minha vida em lágrimas, aceitemos então juntos que precisamos ser Humanos por todos aqueles que esqueceram deste detalhe.

Vamos celebrar no final do ano, o natal ou sete de setembro, a vida perfeita, a alegria da família. E afora ignorarmos o mundo doente em fase terminal, visto que já temos muito com o que se preocupar.
Não se tem dinheiro, não se tem o melhor carro nem a melhor roupa para vestir. Enquanto ao mundo, não se tem a dignidade e compaixão para vestir. Não se tem a consciência de que sim, a culpa é nossa. Vamos vesti-la!
...Seguiremos a fila do sistema, obedecendo às leis e virando a cabeça contra as telas que mostram a realidade nua e crua? Conseguiremos ainda acreditar em felicidade enquanto assistimos assassinos protegidos pelo conceito “normal” ou “cultura regional”, podendo agir com desrespeito a vida e não ser culpado por isso?

Se for cultura, ensinemos a todos os próximos a verdadeira compaixão até que chegue em mãos destes cegos desumanos, para que não voltem cometer crimes contra o mundo e contra o milagre da Vida. Respeitemos nossos animais como nossos próprios filhos e pais, pois todos têm o mesmo direito de viver, e ninguém jamais terá o de Matar.

Com muito sentimento de culpa, me envergonho de partir da raça humana e ter ainda que desejar Compaixão, admitindo que tantas outras coisas já foram admitidas como importantes e não ainda o Amor para com um eco sistema. Sejamos racionais não apenas para coordenar um governo e manipular um povo, e sim controlar o monstro da raiva preso dentro de nós.

A natureza pede socorro, e os fotógrafos nos enviam. Abramos nossos olhos para este desespero!

Paula Morais

domingo, 6 de setembro de 2009

A virtude; Lágrima

Tenho o direito, como todos os seres humanos, de permanecer em silencio quando tenho dor no meu peito. Tenho o direito de chorar, quando transpiro da mórbida tristeza a exacerbada felicidade.
A lágrima é meu tema nessa noite de independência.
Independência para nossa sensibilidade!
Digo, e disse muito com orgulho, quem chora pelo sentimento é um artista. Quem chora, aceita a dor, e a grita.
Quando a garganta começa a apertar, os olhos começam a se fechar. Estamos nesse mundo, vagando pelas ruas buscando desesperadamente soluções para sobrevivência.
Para aqueles que tanto choram o desespero de ter que engolir sua personalidade, deixar de amar com vontade, gritando poemas ao luar, a fim de se alimentar de um regime capitalista...
Chore, pois você é artista.
Chore artista, meu irmão, por que você tem o direito de existir.

É fato nascer, viver e morrer. Mas haverá aquele que nascerá com um órgão a mais, que não conformará seu coração a viver alimentando-se de fato. Haverá aquele considerado menor, aberração e sem importância no Brasil do Futebol.
Independência às nossas próprias almas. Mídia! Liberte os nossos brasileiros. Aos grandes: independência aos mortos!
Ensinem nosso povo a chorar pela fome da África, não pelo resultado do Futebol.
Ensinem nosso povo a chorar pela falta de compaixão, não por Jackson.
Ensinem nosso povo a chorar pela natureza, pela Amazônia! Não pelo consumo.

Me chamo Vida, sou viva, e quero Estar. Quero fazer, e também quero chorar para sentir Intensidade. Mas choro por um motivo, e esse motivo me trás luz. Estou nascendo e me descobrindo. Até que me descubra, que venham mil lágrimas ao meu travesseiro. Que venha então o meu amor me afagar, por que também derramo lágrimas sentindo sua falta.
São dias de cultivo. Chegamos, desde nossos índios manipulados, até hoje, levantando altíssimo o nosso grito de Independência. Sejamos então livres, mas saibamos o que significa liberdade.
Notemos então, queridos, que não fomos livres na historia no meu país, nem tampouco somos ou seremos.
Alguém nos disse que estaríamos livres, e nossa mente feliz acredita, e, cega, iludida. Não seríamos livres se então quiséssemos contestar, nem sonhar com a ausência adjetiva do dinheiro. Livre-me desses porcos, quero Independência!
Independência daqueles que, mercenários do dinheiro, acreditam em suas tramas, em seu poder de escolha. Não tem escolha, é escravo! Escravo de seu invento, determinado a prisão perpétua ao dinheiro, esse.

Antes de que lágrimas caiam pelas vitimas iludidas do dinheiro, morre minha alma; caçada liberada às focas e leões marinhos. Morre minha alma a captura das barbatanas de tubarões. Morro. O único poder que ainda tenho em mãos é Lamentar.
Lamento, no meu colo um rio de lágrimas, o meu mundo colorido desvalorizado.
Que eu seja mais egoísta, também lágrimas aos meus momentos de solidão a banho Música Clássica. Ah! Vovó Soledád Moraes, o quê diria aquela mais bela e admirável índia, do infinito de onde esteja, de toda a podridão com o homem ao pódio em 2009?
Finalizaremos 2009 com mesmos problemas, então Artista, ao mundo exclame sua vida em desespero, mesmo que em lástimas calmas.
Escondo-me ao quarto de minha mãe e choro o tempo que nem me dá o tempo para chorar sem perder tempo.
Choro o meu erro, por não saber por onde anda a verdadeira vida.
Choro as minhas escolhas, falta de maturidade.
Choro, queridas flores e frutas, a ausência do seu valor aos olhos deles. Choro pelo mundo, pois está declarada a guerra contra as suas belezas naturais.

É o fim do universo. Vamos a tudo desmatar, a tecnologia dominar. A ferro e vidro enfeitar os jardins do 1% in natura.
Viva a independência do homem. Deram a oportunidade às mãos de pecadores, a arma às mãos do ladrão, e o dinheiro às mãos de Miseráveis.
Somos inferiores ao nosso panda chinês, o Urso de Bengala, e a Arara Azul. Nossa independência fez dos piores e degradantes seres humanos, os mais poderosos e destemidos reis.
Livres?! Você precisa sempre obedecer. Não interessa a quem, mas sempre haverá alguém muito maior.

Chorem, artistas. Não se pode comprar sensibilidade, é tempo de salvar nossas vidas do verdadeiro colapso da evolução. Use-a!
Paula Morais

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Estrelas entre Bambús

Em tenros momentos de infância, iniciaram-se a crescer envolta de meus pés as pontas dos primeiros bambus. Uma geisha desenvolveu-se e cresceu entre minha pele e minha carne, um tecido que permeia. Minha vida teria sido diferente sem tal roupa interna, feita de cetim e fios de ouro, desenhada de sakuras e bambuzais.
O vento trouxe o inverno nas encostas, as noites de lua cheia que pintam de azul as montanhas do Japão. Saio a noite para observar os arbustos leves e altos a dançar com o encontro dos ventos, e a música...



...Assim, de longe observo as lamparinas acesas do templo, e força variante do vento fazendo as a luz aumentar e diminuir para mim, longe. Levo minhas mãos aos cabelos; tiro meus adornos dourados e floridos. Entregues, meus cabelos ao vento; sinto-me viva.
Lentamente, me deito a grama, que contorna o e desenha meu corpo. O frio arde aos meus punhos e nuca. O ar daqui de cima é mais limpo, os sons são compreendidos perfeitamente.
De olhos fechados, sou uma flor presa ao solo, ao inverno. Caso-me e aceito o frio colado aos meus poros, assistindo a lua vir me beijar, me casei com mil homens esta noite. Os homens natureza me consomem o raciocínio, me entrego.
A senhora que colhe nosso arroz está com sua flauta na mão, soprando a alma pela sua boca, e seus lençóis brancos e serenos vem me trazer amplitude. Mais uma alma que casa com a minha.
Começaram a aparecer as estrelas, que se acendem em silencio, no silencio. Existem até onde o céu beija a terra, no meu horizonte tem no seu limite mais uma estrela.
De braços abertos, o vento brinca com meus cabelos, ao chão. Se rastejam pelo meu rosto, minha boca. Levanto-me, rumo ao caminho do Kinkakuji. Preciso ver através dos bambus, uma luz.
Uma luz, a me esperar.
Passos lentos motivados pela minha alma, minha garganta aperta. Sei quem vou encontrar. A lamparina que se assemelha a próxima, de três metros em três de distância, banha o caminho de luz amarela. As pedras do chão, portam a sombra do meu corpo em movimento, diferente a cada passo. A música da flauta, a alma da senhora do arroz ainda me envia a medida do respirar.
A subida, meus joelhos se curvam ao primeiro degrau do portal. Telhados curvados, o brilho da lua refletida em suas paredes, e a ponta da espada, corta a atmosfera ao virar rapidamente, e por um lapso reflete a luz da lua.
Eu; Olhos atentos, pés parados a beira da escada, sei quem está a me esperar. Vento, cerrado. Velas quietas, não há dança, apenas música. Flauta, que permeia a minha alma, e prepara.
Mais um degrau, e a espada se completa, e sua mão erguida se desenha à luz.
Mais um, se subisse agora, então seu rosto iluminado; desapareceria então o ouro todo de Kinkakuji; ofuscado.
Yukimatsu, O Samurai.
Kimono branco como a própria neve, forte como a árvore de espalhadas e profundas raízes. O peito a sentir o frio como meus punhos. Abre-se a janela para o vento, que entra no espaço novamente. Movimentam-se meus cabelos, Yukimatsu se vira assustado, e eu estática, observo sua precisa atenção.
Baixos braços, a espada então cai ao chão. Essa noite sinto que receberemos flocos de neve.
Os olhos voltados aos meus tanto quando os meus, aos seus. Metros a frente, a espada plantada ao chão assume sua invalidez, Yukimatsu assume sua fraqueza. Sou sua fraqueza, enquanto ele me é força.
O vento beija seu corpo e transcorre seu kimono, e alça movimento e vôo até a mim. Pássaro de sutil movimento, que talvez seja livre a sutileza apenas longe de sua armadura.
Mãos que tanto mataram, limpas agora, parecem chorar aos poros. Mãos geladas e suadas que me seguram as mãos e percorrem meus punhos, e ante-braço, por debaixo da manga do meu hopi.
Olhos estes que estão na sombra enquanto a lua às suas costas; me respondem, e respondem.
Ele me observa ao luar, me deseja ao sonhar. Já não sonhamos mais enquanto dormimos.
Segurando minha mão, Yukimatsu, o guerreiro, samurai destemido, abandona seu porto, abandona sua espada ao chão, e se porta do meu corpo.
Até aos bambus, vem me trazendo pela mão, e me guia a sua frente enquanto curva-se a amarrar meu corpo aos seus braços, ao seu colo. Mergulhamos então juntos, a floresta de bambu.
A floresta é o infinito que a estrela me mostrou em algum momento sozinha, ao som da flauta que ainda não cessou.
Atravessamos o verde úmido do oriente, o vento calmo nos tocar o rosto, o meu que não conseguia deixa-lo.
A caminho, sua casa. Sua casa de tatami e folhas grandes e verdes. Três bonsais, cultivados. Meu guerreiro andou tanto tempo escondido, enrustido em um corpo, uma alma que ama. Aproxima então, Yukimatsu, da porta do templo ao meio dos mil bambus e lamparinas de pedra. Bem vinda, em kanji, ao alto da sua porta. Bem vinda, Sayuri.
Ainda nos braços dele estou, e faço deslizar sua porta de madeira, posso ver através, a luz das velas atrás do biombo.
Entramos juntos, chegamos ao ponto mais forte da estrela mais intensa do céu. O céu que visto através dos bambus todas as noites sem Yukimatsu, quando o encontrei, encontrei sua morada, e ali estaria minha estrela. A estrela, que não conseguia ser vista por que apenas nasceu quando encontrei o Samurai.

Nem a geisha, nem o guerreiro. Agora, apenas um.

Paula Morais

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Presença Humana

Nos é tido em mente a imagem do paraíso sempre solitários, um lugar onde não hajam pessoas com suas manias de produzirem lixo e incomodarem com suas próprias presenças.
Pelo menos pra mim, um dia o paraíso veio em forma de mar, sol, areia e coqueiro. Mas, também fui vítima do “pensamento unitário”, o querer se excluir, querer ser grande para cuidar dos meus problemas, quando na verdade, eu sempre consegui os resolver, mas com pessoas por perto os seus sorrisos me eram prêmios. A presença das pessoas tem a importância que você só descobrirá quando, só, vir o vazio.
Não nos seriam só aqueles familiares, o vizinho da frente ou o cara simpático da faculdade. A presença de seres humanos, mesmo que cuidem apenas e exclusivamente de suas vidas, mesmo com a indiferença, elas atravessam pelo seu lado do metrô, você as vê pela janela do teu prédio, andando pra lá e pra cá cuidando de suas vidas.

É impossível viver sozinho. É essencial ao ser humano conversar, mesmo que não haja o luxo de ser entendido. Importante existir alguém, mesmo que pra brigar e botar a culpa, ou alguém que te culpe. Se defender dos outros te faz sentir vivo. Esses outros são importantes com acertos, e mais ainda quando erram.
Alguém pra agarrar na cintura e sair rolando pelos campos da vida. Alguém pra compartilhar alguns planos. É importante até a existência daquele cara que você odeia no trabalho ou na faculdade. Eles nos são impulso, da mesma forma que nossos próprios amigos podem nos atrasar. É a lei da vida, mesmo que não perfeitos, nós necessitamos infinitamente dos outros.
Particularmente, nunca fui uma pessoa de muitos amigos, embora muito acessível. Sempre fui comunicativa, até invejei aqueles que pouco falam dotando assim suas palavras com mais valor aparente.
Os seres humanos que passam pelas nossas vidas são de suma importância. Até aquele que me olhou enquanto eu atravessava a rua, isso me foi importante ao ego, etc. E, se apenas essas pessoas que não desempenham papel algum em nossas vidas já são importante, imagine meus amigos e minha família?
Todas essas preliminares para lhes dizer dos meus familiares e a extrema importância deles. Por que eles nos aparecem mais vezes ao dia e nos dizem muitas vezes o que precisamos ouvir. Deixei Camboriú sem medos, acreditando que absolutamente nada foi deixado para trás, muito menos o futuro.
Porque Meu futuro logicamente está, não na frente, mas aqui. Hoje e agora.
A falta que o mar me faz é imensa, mas as pessoas me fornecem um calor maior do que as águas frias e dramáticas do mar, a tristeza no seu cais. Eu viajei, voltei. E deixei que todos sentissem que eu estava aqui, de volta.
Abracei meus amados da família, ganhei presentes e bolos de boas vindas. Precisei estar longe para descobrir que eu era amada, e que errei demais na vida. Reconheci meus amigos no meio da multidão, rimos noites inteiras e juntos deitamos no asfalto da avenida da minha casa. Olhamos a estrada dessa vida louca, vivemos e comemoramos nossa capacidade de pensar mais, viver mais, e sentir muito mais do que aqueles alienados da mesa ao lado. E a Jaine dizia: “Aquele de shorts verde, gritando e dançando, achando que vive a vida da melhor forma, e ainda ri!”.
Cheguei, e encontrei minha mãe como a deixei. Ela não envelhece, essa mulher. Encontrei todas as minhas fraquezas, e quantas respostas eu obtive em três dias, a todas aquelas perguntas formuladas em uma vida. Não há patamar de tristeza, a emoção faz a força, e subimos nas escadas da vida, com um sorriso no rosto.
Parei por vários momentos para observar a minha mãe, valorizei a proximidade, fiz carinho nos cabelos dela. Usei a minha voz mais calma com o meu pai, evitei brigas. Minha avó, a vi de perto que me abraçou com tanta felicidade.
Minha melhor amiga mudou planos e foi me ver na faculdade. Pessoa de beleza múltipla, e sendo uma simples mortal não pude aprender a declarar seu significado. A Simone veio me abraçar, e eu senti que era o que faltava mesmo para aprender que aqui é meu lugar. Nunca estaria completa, nem bem acompanhada, através de noites sem aula, nos dedicando ao moldar da nossa amizade inconscientemente, alimentando uma verdade, sentadas lá atrás da faculdade, bebendo vinho ou comendo marshmallow. Sorrir e rir do sorriso dela, do riso dela. É emocionante estar e me sentir pelo da pessoa que me faz bem, uma amiga fiel, relativa ao verdadeiro significado da palavra, a irmã de Alma. Simone é minha irmã de alma. Pessoa de coração ilimitado, bondade sobrenatural, simpatia iluminada. Deus existe ali, é o que eu senti, sinto e para sempre sentirei.
Vi muito do que não quis, a solidão, a inquietude. Depressão. Assim eu percebi que a depressão o mar lavou do meu corpo para que eu pudesse voltar. Lavou e levou de mim o desrespeito por quem deveria amar escancaradamente, levou de mim a indiferença para com meu pai, e principalmente o sentimento de que ninguém sentia me falta e que amar a mim seria impossível. Não me achava, nunca me achei, querida e desejada à proximidades.
O silencio suave; eu sei que minha mãe está na sala, quieta, na frente do computador dela. Na cozinha há todos os ingredientes de comida caseira, não como em casa de estudante. Aqui não tem nada em lata; o meu bolo foi com abacaxi fruta.
O meu bolo. Cada uma com uma faca, cobrimos com clara em neve e coco ralado, enfeitamos nossa vida de sorrisos. Eu compro todos os ingredientes e faço do jeito que ela faria, mas o feijão é dela, o melhor. Tudo aqui é melhor, por que aqui é minha casa.
Havia esquecido a beleza das pessoas, que todas me parecem igualmente maravilhosas. Apenas um homem parece ainda mais bonito.
E, quieta, sigo o que está predestinado, e “deixando que a vida me leve”. E vivamos para sempre, enquanto o sempre estiver ao alcance.
Família é tudo o que amo, inclusive meus amigos.
Enfim.
O furacão passou. A chuva que estava baixa agora parou.
Consigo ver os raios de sol, ao infinito paraíso, voltados as palmeiras e coqueiros que aqui por esses mares brilham mais intensamente. A praia é o meu lugar, mas enquanto for o paraíso que eu tenho apenas na minha mente, e meus pés estiverem firmes na casa que eu chamo de FAMÍLIA.
E enquanto ela estiver aqui, e não no mar, é aqui que estará o meu mar, e todos os meus portos e faróis.

Os meus amigos são tão família quanto minha família. E eu os amo, tanto
quanto amo sangue meu.