segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Verdade sem Maquiagem

Muito lindo aquele que se tornou o prédio mais alto do mundo em Dubai. Lindos shows em cassinos dos cruzeiros marítimos. Belíssimas fotos essas que costumo colocar a vocês nesse diário virtual. Muito sentimento, poesia e drama; enquanto o mundo dos fracos chora lá fora.
Lindos desfiles de Yves Saint Lohan em rede nacional, mesma mídia que entusiasma os inocente com lindas novelas mentirosas e maquiadas sobre países em decadência. Arranca suspiros a beleza dos fogos de artifício em entrada de um novo ano, ano esse que continuaremos agindo na mais cega ignorância.
Hoje então me peguei vendo imagens que não são do cotidiano, algo não quisto pelos seres humanos.
É muito fácil olharmos e obedecermos ao que nosso ego quer que enxerguemos. Olhar o mundo de cores, fantasias, beleza infinita.
E essa beleza que matamos? Um dia foi belo. Um dia foi a paisagem do nosso ego, hoje é passado. Hoje é findado pelas nossas mãos.
Irrita teus olhos? Por que não são as cedas dos desfiles, nem o brilho dos videoclipes do famoso, tampouco a linda paisagem dos castelos da Índia. São meus pequenos golfinhos que chegam até a praia em gesto de amizade, querendo observar nossa raça e compartilhar experiência. Aproxima-se então, o meu pequeno, dessa costa e descobre a pior raça de monstros terrestres, que te abusam e arrancam de você teu puro coração, para vender na quitanda do rico empresário, logo oferecendo um pedaço de você a sua nobre amizade burguesa.
Seremos para sempre então monstros da miséria irracional, assassinos de tamanha indiferença que faz apodrecer dentro de si o próprio coração, enquanto nossos olhos voltados para o convencional bonito, o luxo tanto almejar.

E o mundo chora, Deus chora lágrimas de sangue que envolvem o ato:
“NO QUE SE TORNARAM MEUS FILHOS?”

Selvagens homens, de bruta força ao atacar a vida; nossa raiva vem aniquilando o verdadeiro motivo para a felicidade. Desculpe se hoje não estou sendo particularmente sentimental, e que despejo em sua mesa, em lágrimas, a verdade. Desculpe se provoco em ti sentimento de culpa se não continua simplesmente indiferente. Se essas fotos não te fazem sorrir. Desculpe se estraguei seu dia colorido com o mundo afora que tanto morre no silencio preto e branco.
São tanto quando nossos animais inocentes, as demais crianças morrem com balas entre seus peitos de órgãos pequenos, daquelas armas que apontam para o horizonte sangrento com a gona de matar. Gana, ódio que mata alimenta-se do "Poder";
Aos ricos e poderosos, eis sua recompensa:
...
Paguem então a mídia que também atinge nossas pequenas sementes de vida para que façam o que indica poder. Mostrem então as nossas crianças o que pra nós costuma ser O PODER EM SUAS MÃOS nesse mundo de hoje.
...
E a menina, que tanto sonhou desde que teve consciência para acreditar em Deus e na felicidade. Aos pequenos olhinhos que viu tanta injustiça, participou dessa luta decadente e insaciável pelo poder, sofreu nessas janelas pro mundo a tristeza da desilusão e nesse pequeno coração, assistiu morrer o Sonho da Felicidade.

Triste admitir que morra por dentro muito antes que pare esse pobre coração. Minha pequena menina, como serei capaz de plantar em você a magia de criança de sonhar outra vez?

“Eu não quero ver o documentário SHARKWATER; não quero ver as ruínas entre tiroteios e corpos despedaçados de inocentes em campos de guerra. Não quero mais entrar no blog da Paula por que o colorido já não é mais belo e passei algum mal estar; o meu ego feriu”.
A você então, pensador do oposto, indico:
http://www.dicasdebeleza.com.br/
http://www.playboy.com/
http://www.quatrorodas.com.br/
http://www.chanel.com/
... e alimente-se.

Aos que gostariam de se sentar comigo para um café esta tarde e pelos links não se interessa, bem vindos a minha vida em lágrimas, aceitemos então juntos que precisamos ser Humanos por todos aqueles que esqueceram deste detalhe.

Vamos celebrar no final do ano, o natal ou sete de setembro, a vida perfeita, a alegria da família. E afora ignorarmos o mundo doente em fase terminal, visto que já temos muito com o que se preocupar.
Não se tem dinheiro, não se tem o melhor carro nem a melhor roupa para vestir. Enquanto ao mundo, não se tem a dignidade e compaixão para vestir. Não se tem a consciência de que sim, a culpa é nossa. Vamos vesti-la!
...Seguiremos a fila do sistema, obedecendo às leis e virando a cabeça contra as telas que mostram a realidade nua e crua? Conseguiremos ainda acreditar em felicidade enquanto assistimos assassinos protegidos pelo conceito “normal” ou “cultura regional”, podendo agir com desrespeito a vida e não ser culpado por isso?

Se for cultura, ensinemos a todos os próximos a verdadeira compaixão até que chegue em mãos destes cegos desumanos, para que não voltem cometer crimes contra o mundo e contra o milagre da Vida. Respeitemos nossos animais como nossos próprios filhos e pais, pois todos têm o mesmo direito de viver, e ninguém jamais terá o de Matar.

Com muito sentimento de culpa, me envergonho de partir da raça humana e ter ainda que desejar Compaixão, admitindo que tantas outras coisas já foram admitidas como importantes e não ainda o Amor para com um eco sistema. Sejamos racionais não apenas para coordenar um governo e manipular um povo, e sim controlar o monstro da raiva preso dentro de nós.

A natureza pede socorro, e os fotógrafos nos enviam. Abramos nossos olhos para este desespero!

Paula Morais